IMPERIALISMO
A Europa no século XIX
A Revolução Industrial ocasionou um conjunto grande de mudanças que afetou os modos de trabalhar, morar e se relacionar das pessoas. Uma dessas mudanças foi o aumento extraordinário da população mundial. Entre 1750 e 1850, a população mundial dobrou; elevou-se de 600 milhões para 1,2 bilhão de habitantes.
Esse aumento extraordinário da população mundial
deveu-se à modernização da agricultura (com o consequente
aumento da oferta e da variedade de alimentos), à queda
drástica nos índices de mortalidade infantil
drástica nos índices de mortalidade infantil
e ao avanço da medicina; exemplo disso foi o
advento da primeira vacina (contra a varíola) desenvolvida
pelo médico inglês Edward
Jenner, em 1796. O salto nos números da população
Jenner, em 1796. O salto nos números da população
mundial deu ensejo a temores diversos e especulações
teóricas. O economista inglês Thomas Robert
Malthus (1766--1834), por exemplo,
afirmou que a população aumenta em progressão
afirmou que a população aumenta em progressão
geométrica, e os meios de subsistência, em progressão
aritmética. O progresso da ciência, no entanto,
aritmética. O progresso da ciência, no entanto,
desmentiu a teoria malthusiana.
Aceleração industrial
Ao longo do século XIX, o capitalismo ganhou
Aceleração industrial
Ao longo do século XIX, o capitalismo ganhou
um forte impulso na Europa, nos Estados Unidos
e no Japão, embalado por uma industrialização
acelerada conhecida como Segunda Revolução
Industrial. O historiador Eric Hobsbawm atribui
Industrial. O historiador Eric Hobsbawm atribui
esse fenômeno a dois fatores principais:
• o extraordinário crescimento dos mercados
• o extraordinário crescimento dos mercados
consumidores europeus;
• os capitais acumulados na Europa na Primeira
• os capitais acumulados na Europa na Primeira
Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII.
A Segunda Revolução Industrial caracterizou-se
A Segunda Revolução Industrial caracterizou-se
pela estreita relação entre ciência e tecnologia, ou seja,
pela aplicação da pesquisa à descoberta de novas
pela aplicação da pesquisa à descoberta de novas
tecnologias na indústria, nos transportes e nas comunicações.
O imperialismo
A partir de 1870, as potências europeias lançaram-se em:
a) uma disputa por mercados consumidores para os seus manufaturados e áreas produtoras de matérias-primas (cobre, borracha, ferro etc.) para suas indústrias.
b) uma busca de oportunidades de investimentos para seus capitais e colônias a fim de acomodar parte de seu excedente populacional.
c) uma corrida pelo controle das minas, das reservas minerais e da mão de obra nativa.
Essa corrida por colônias pela Ásia, África e Oceania, no século XIX, é chamada de imperialismo
ou neocolonialismo (para diferenciar do colonialismo vigente entre os séculos XVI e XVIII).
Com base no darwinismo social e em outras teorias racistas, os europeus brancos assumiram a
tarefa de levar a civilização, isto é, o progresso e os “bons costumes” àqueles povos que
consideravam incivilizados e racialmente inferiores a eles.
Passaram, assim, a defender que os povos “adiantados” tinham uma missão civilizadora para
com os povos “atrasados”. Essas teorias buscavam legitimar o imperialismo na África e na Ásia.
O imperialismo
A partir de 1870, as potências europeias lançaram-se em:
a) uma disputa por mercados consumidores para os seus manufaturados e áreas produtoras de matérias-primas (cobre, borracha, ferro etc.) para suas indústrias.
b) uma busca de oportunidades de investimentos para seus capitais e colônias a fim de acomodar parte de seu excedente populacional.
c) uma corrida pelo controle das minas, das reservas minerais e da mão de obra nativa.
Essa corrida por colônias pela Ásia, África e Oceania, no século XIX, é chamada de imperialismo
ou neocolonialismo (para diferenciar do colonialismo vigente entre os séculos XVI e XVIII).
Com base no darwinismo social e em outras teorias racistas, os europeus brancos assumiram a
tarefa de levar a civilização, isto é, o progresso e os “bons costumes” àqueles povos que
consideravam incivilizados e racialmente inferiores a eles.
Passaram, assim, a defender que os povos “adiantados” tinham uma missão civilizadora para
com os povos “atrasados”. Essas teorias buscavam legitimar o imperialismo na África e na Ásia.
Com base nessas ideias de superioridade racial e cultural, criaram-se argumentos para justificar a exploração brutal de diversos povos africanos e asiáticos. É o que podemos notar no trecho de um discurso do ministro francês Jules Ferry (1832-1893), aqui reproduzido,
em que ele expõe os motivos da conquista colonial:
Para os países industriais exportadores, a expansão colonial é uma questão de salvação.
Em nosso tempo, e diante da crise que atravessam as indústrias europeias, a fundação
de colônias representa a criação de uma válvula de escape para nossos problemas. [...]
Devemos dizer abertamente que nós, pertencentes às raças superiores, temos direitos
sobre as raças inferiores. Mas também temos o dever de civilizá-las."
Dominação na África
Mais de 90% do território africano foi dominado por nações europeias no período que compreende a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX.
A divisão do território africano resultou de um processo que fora iniciado na Conferência de Berlim. Essa conferência foi realizada de novembro de 1884 a fevereiro de 1885.
Nesses encontros — que reuniram representantes dos Estados Unidos, da Rússia
e de 14 países europeus —, foram definidos os critérios para a ocupação dos territórios da África ainda não dominados.
Observe o mapa abaixo, que ilustra esse processo.
Na Ásia, uma das principais regiões sob o domínio imperialista britânico foi a Índia. A dominação inglesa começou no século XVIII pela Companhia das Índias Orientais.Em 1857, grupos de indianos organizaram uma violenta luta contra a exploraçãobritânica: a Revolta dos Cipaios (1857-1858). Essa revolta foi brutalmente reprimida pela Inglaterra, o que consolidou a dominação do governo britânico sobre os indianos. A rainha Vitória recebeu o título, em 1877, de imperatriz da Índia.A China foi outra importante região asiática de atuação do imperialismo britânico. Os comerciantes britânicos, inicialmente, compravam dos chineses, a preços bem altos, diversos produtos como seda, porcelanas e chá. Os chineses, porém, não se interessavam pelos produtos manufaturados ingleses.Na década de 1820, essa situação desfavorável para os britânicos foi revertida. Isso porque os britânicos descobriram um produto que poderia ter grande aceitação entre os chineses. Era o ópio, uma substância viciante e alucionógena extraída da papoula. Os britânicos passaram então a comercializar ilegalmente essa substância para a China.Quando, por volta de 1840, as autoridades chinesas decidiram reprimir o comércioilegal do ópio, os ingleses declararam-lhes guerra. Foi a chamada Guerra do Ópio (1840-1842), da qual os britânicos saíram vitoriosos.Os chineses foram obrigados a assinar o Tratado de Nanquim. Por meio dele, o governo da Inglaterra obteve uma série de vantagens econômicas — como o domínio sobre a cidade portuária de Hong Kong, devolvida ao governo chinês somente em 1997.
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